Fé e vidas: conheça histórias de promesseiros do Círio de N. Sra. da Conceição em Santarém
24/11/2024
(Foto: Reprodução) O Círio de Nossa Senhora da Conceição, uma das maiores manifestações de fé da Amazônia, é um evento que transcende o religioso e se enraíza na cultura e espiritualidade do povo de Santarém, no oeste do Pará. Entre os milhares de fiéis que participam, na manhã deste domingo (24), os promesseiros ocupam um lugar de destaque, carregando não apenas símbolos de sua devoção, mas também histórias emocionantes de superação, gratidão e esperança.
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Devoção de fé e sacrifício
Os pés sentem, mas a fé sempre é maior
Kamila Andrade/g1
Os promesseiros são fiéis que, em um ato de profunda devoção, cumprem promessas feitas à padroeira de Santarém. Essas promessas podem ser motivadas por agradecimentos por graças alcançadas ou pela busca de intercessão divina em momentos de dificuldade.
Além de objetos como réplicas de casas, os promesseiros também carregam cruzes e outros itens simbólicos, cada um contando uma história
A empresária Ana Cecília, uma das promesseiras, carrega uma réplica de sua casa própria como forma de agradecer pela conquista. “Eu fiz uma promessa: se conseguisse minha casa própria, levaria uma réplica dela no Círio para pagar a promessa e agradecer a Deus e a Nossa Senhora. Deu certo, muito certo, e as bênçãos são sem fim. É muita emoção caminhar junto a Nossa Senhora,” relatou emocionada.
Ana Cecília e esposo durante o Círio
Kamila Andrade/g1
Além de objetos como réplicas de casas, os promesseiros também carregam cruzes e outros itens simbólicos, cada um contando uma história. Marilda Monteiro, cordeira, compartilha o motivo de sua participação na corda durante o Círio. “Meu sobrinho foi curado de um câncer. Pedi no ano passado, e neste ano ele recebeu o diagnóstico de cura. Agora estou aqui, desde as quatro da manhã, para pagar minha promessa e completar o percurso até a Catedral”.
Marilda entre os cordeiros para pagar sua promessa
Kamila Andrade/g1
Renildo Dias da Costa, por sua vez, participa pelo terceiro ano consecutivo, carregando o peso da gratidão em cada passo. “Pedi a Nossa Senhora pela construção da minha casa, e ela realizou. São três anos de promessa, e este é o último. Mesmo com as dificuldades, vou conseguir completar. Graças a Deus,” afirma com determinação.
Outra história comovente é a de Lacy Rodrigues, que há 23 anos cumpre promessas pela saúde de seus dois filhos. “Um deles precisou de tratamento de medula, mas graças a Nossa Senhora e Jesus, ele foi curado e não precisou do transplante. Hoje, ele faz parte do grupo dos guardiões da Imaculada,” relata, emocionada. “É muita fé e gratidão.”
Agraciados pela intercessão de Nossa Senhora pagaram suas promessas durante o Círio
Kamila Andrade/g1
Ato de solidariedade e coletividade
Doação de suco durante o Círio
Kamila Andrade/g1
O Círio também é um momento para atos de solidariedade. Jonas da Silva Bezerra organiza, há dez anos, um grupo que distribui água e sucos durante o evento. “Começamos com três mil itens; hoje estamos distribuindo oito mil. O que ganhamos com isso é a paz e a alegria de ajudar,” explica.
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